Polifarmácia: o risco do excesso de remédios.

 

Automedicação, ou seja, tomar um remédio sem prescrição médica, abrange as diversas formas pelas quais o indivíduo decide o medicamento e como irá utilizá-lo para alívio sintomático e “cura”. Chegando até a compartilhar remédios com outros membros da família ou do círculo social, utilizando sobras de prescrições ou descumprindo a prescrição profissional, prolongando ou interrompendo precocemente a dosagem e o período de tempo indicados na receita.

Tal atitude pode trazer problemas. Entre os principais riscos estão as superdosagens, que podem levar a intoxicação. A camuflagem de sintomas importantes em patologias graves, ou o agravamento e até causa de outras doenças em conjunto.

É importante estar atento, alguns pacientes tomam medicamentos, que na verdade possuem a mesma composição química, mas nomes diferentes, o que causa a superdosagem. Em outros casos, o uso de um número grande de fármacos pode gerar interações medicamentosas dentro do organismo, podendo até anular ou potencializar o efeito de um remédio.

Automedicação também pode causar dependência química, reações alérgicas e até risco de óbito, em casos mais graves.

 

E como controlar a automedicação?

O médico deve perguntar todas as medicações que o paciente usa. Por isso é essencial a consulta a um profissional. Porque a partir dela é que é possível avaliar as interações entre as medicações e o paciente para o melhor ajuste. Quanto a mudança de medicamentos, deve sempre ser conduzida por um médico.

A família e os cuidadores também podem ajudar muito quando o paciente não toma mais as medicações sozinhos.

Em casa, busque por receitas e caixas com medicamentos que possam estar espalhadas pela residência. Nos remédios com indicação médica, anote datas, horários e orientações de uso. É importante lembrar que cada remédio, um momento. É necessário que você defina a necessidade de cada medicação, por exemplo, medicações que foram prescritas “para vida toda”, ás vezes, com a mudança de vida/ doenças e inserção de novas medicações, devem ser suspensas ou trocadas.

E não esqueça: converse com o seu médico sempre.

 

Fonte: Acervo Dr. Salomon Katz

Jornal da Pediatria. (Rio J.) 83 (5) • Out 2007 • https://doi.org/10.2223/JPED.1703

 

Bibliografia:

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2. Arrais PS, Coelho HL, Batista MC, Carvalho ML, Righi RE, Arnau

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3. Multicenter study on self-medication and self-prescription in six

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