Brasil condena intolerância religiosa em sessão na ONU

Entre os pontos citados, está a discriminação contra a fé Bahai, cujos membros são perseguidos no Irã. É o segundo movimento da semana que mostra um distanciamento do Itamaraty em relação ao regime dos aiatolás.

Mulheres participam de protesto contra o regime iraniano, na Praça das Nações Unidas, o Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância

A missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra fez nesta quinta-feira uma declaração enfática, condenando a intolerância religiosa no mundo. O posicionamento foi manifestado durante a sessão sobre "liberdade de religião e crenças” do Conselho de Direitos Humanos, cuja 16ª reunião ocorre desde o final de fevereiro. A condenação foi trazida a publico três dias após o Brasil prestar uma homenagem à iraniana e ferrenha opositora do regime dos aiatolás Shrin Ebadi. Ambos os atos demonstram que o Itamaraty está mudando a política externa adotada pelo governo anterior, que se aproximava de regimes islâmicos ou ditatoriais - e do Irã em particular - ignorando suas violações aos direitos humanos.

A declaração oficial, lida na sessão principal do dia no Conselho de Direitos Humanos e obtida pelo site de VEJA, diz: “O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e ignorância
o documento afirma que o Brasil está preocupado com a situação dos seguidores de certas religiões que são alvos de discriminação em diversas partes do mundo, como as crenças de origem africana e a fé Bahai, um dos maiores grupos não muçulmanos, perseguido no Irã.  

“O Brasil reitera seu compromisso de assegurar uma sociedade plural, tolerante e livre. A liberdade de religião e de crenças é um direito fundamental garantido pela Constituição do país”.

O texto é uma das ações mais representativas do Brasil em um importante fórum internacional nos últimos anos.

FONTE: FOLHA.COM

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