saude e bem-estar: As alterações mais comuns na menstruação, quais são e o que fazer
Alterações como
menstruação marrom, menstruações prolongadas, irregulares ou abundantes podem
indicar doenças mais graves como endometriose, mioma, hipotireoidismo ou até
câncer.
No entanto, algumas vezes
essas alterações na menstruação também podem ter causas menos graves como
estresse, perda de peso e alimentação inadequada, ou até mesmo serem
consideradas normais, como a irregularidade que é comum de ocorrer perto da
puberdade e próximo da menopausa.
As alterações mais comuns
incluem:
1.
Menstruação atrasada
A menstruação atrasada
geralmente demora mais de 35 dias para descer. Essa alteração é mais comum em
mulheres que tiveram a primeira menstruação recentemente ou naquelas que estão
próximas da menopausa. Nessas situações, a menstruação pode demorar até mais de
45 dias para descer, o que é chamado de oligomenorreia.
No entanto, estresse,
ansiedade, alimentação inadequada, exercício físico intenso ou perda de peso
também podem causar atrasos na menstruação. Além disso, a possibilidade de
gravidez deve sempre ser considerada, assim como outras causas como síndrome
dos ovários policísticos, hipotireoidismo ou hiperprolactinemia.
·
O
que fazer: sempre que o atraso for superior a 35 dias é importante
considerar outras causas, por isso, é importante consultar um ginecologista
para uma avaliação mais detalhada, principalmente da possibilidade de gravidez.
2. Menstruação prolongada
A
menstruação prolongada, conhecida por menorragia ou hipermenorreia, é uma
menstruação que dura mais de 7 dias, e pode ser causada por alterações
hormonais normais da puberdade ou pré-menopausa, ou devido a endometriose,
mioma ou hipotireoidismo, ou até por problemas específicos do sistema
reprodutor feminino, como malformações.
·
O
que fazer: é importante que um ginecologista seja consultado
para identificar a causa correta e iniciar o tratamento mais adequado
3.
Menstruação abundante
A menstruação abundante,
também chamada de menorragia, ocorre quando a mulher apresenta um fluxo de
menstruação muito forte, geralmente com sangramento mais intenso do que aquele
observado em seus ciclos menstruais anteriores. Nestes casos, miomas uterinos,
uso do DIU de cobre, pólipos intrauterinos, uso de anticoagulantes ou
distúrbios da coagulação, por exemplo, podem estar envolvidos.
·
O
que fazer: é recomendado consultar um ginecologista assim que
possível, porque se o sangramento for muito intenso, a perda de sangue pode
levar a anemia ou ter causas mais graves. Nestes casos, medicamentos como anti-inflamatórios
ou à base de estrogênio podem ser necessários para ajudar a diminuir o fluxo.
4.
Menstruação marrom
A menstruação marrom
semelhante à borra de café, na maioria dos casos, não indica nenhum problema,
aparecendo geralmente no fim do ciclo menstrual, pois o sangue expelido é mais
antigo e pode ficar amarronzado.
No entanto, a menstruação
marrom também pode ocorrer em mulheres que usam implante de anticoncepcional no
braço, quando trocam de pílula anticoncepcional oral por outra ou devido ao uso
da pílula do dia seguinte. Outras causas incluem estresse, pré-menopausa ou
ovário policístico, mas também pode ser um sinal de aborto.
Geralmente, essa
alteração é comum nos primeiros 2 anos após a primeira menstruação e ao se
aproximar da menopausa, no entanto, outras causas incluem estresse, ansiedade,
alimentação inadequada, exercício físico intenso e perda de peso. Além disso, o
uso e troca de contraceptivos, síndrome dos ovários policísticos, endometriose
e miomas uterinos, por exemplo, também podem ser responsáveis por
irregularidades.
·
O
que fazer: É recomendado que um ginecologista seja consultado
para que a causa da menstruação irregular seja identificada. Além disso, é
importante também ter uma alimentação balanceada, adotar medidas de alívio do
estresse no dia-a-dia e praticar exercícios físicos adequados.
6.
Pouca menstruação
A pouca menstruação,
conhecida por hipomenorreia, é normal na mulher que toma anticoncepcional e
também pode acontecer por um processo de envelhecimento natural da mulher e ser
indicativo da pré-menopausa, não indicando nenhum problema ginecológico.
Em alguns casos, como
estresse, excesso de atividade física, estenose cervical, alterações hormonais
da síndrome de ovário policístico ou do hipertireoidismo, a menstruação também
pode ser pouca.
·
O
que fazer: É importante manter uma alimentação balanceada,
realizar atividades físicas adequadas e adotar medidas para alívio de estresse
na rotina, no entanto, também é recomendado consultar um ginecologista para
identificar a causa e realizar o tratamento adequado.
7.
Menstruação curta
A duração da menstruação
é de cerca de 4 a 7 dias, mas pode variar de mulher para mulher e, mesmo que se
tenha apenas 3 dias de menstruação, que pode parecer curto período de tempo,
isso pode ser uma situação normal, desde que a mulher tenha ciclos menstruais
regulares.
Na maioria das vezes a
menstruação curta não indica haver um problema, no entanto, caso a duração da
menstruação esteja diferente da habitual a menstruação curta pode indicar
alterações hormonais, ovário policístico, estresse, ter sido causado pelo uso
de anticoncepcional oral ou até indicar que a mulher está entrando na
menopausa.
·
O
que fazer: Na maioria das vezes, essa alteração não é uma
preocupação, no entanto, principalmente quando a duração da menstruação está
menor que a habitual é importante consultar um ginecologista para uma avaliação
mais detalhada.
8.
Menstruação dolorosa
A menstruação dolorosa
também é chamada de dismenorreia e geralmente ocorre devido ao aumento das
contrações do útero para eliminar o endométrio, que é a camada interna do útero,
causando a cólica menstrual.
Embora seja comum a mulher apresentar algum desconforto ou cólicas leves durante a menstruação, quando a cólica é muito forte e causa menstruação dolorosa, pode indicar problemas como endometriose, mioma uterino, doença inflamatória pélvica ou ovários policísticos.
Alterações como
menstruação marrom, menstruação prolongada, irregular ou abundante podem
indicar doenças mais graves como endometriose, mioma, hipotireoidismo ou até
câncer.
No entanto, algumas vezes essas alterações na menstruação também podem ter causas menos graves como estresse, perda de peso e alimentação inadequada, ou até mesmo serem consideradas normais, como a irregularidade que é comum de ocorrer perto da puberdade e próximo da menopausa.
Embora essa situação
geralmente seja normal, em alguns casos pode ser causada por endometriose,
anemia ou mioma, por exemplo. Além disso, uma menstruação com pedaços pode
indicar um aborto espontâneo quando ocorre em mulheres grávidas.
·
O
que fazer: Na maioria das vezes não há preocupação, no entanto é
importante consultar um ginecologista principalmente quando a mulher está
grávida ou se sintomas como dor intensa e fraqueza estão presentes.
Em todos os casos, o
ideal é procurar um médico ginecologista, para o melhor tratamento.
Fonte: Acervo dr. Salomon
Katz
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Acesso em 08 mar 2021
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