Nova droga praticamente dobra eficácia do tratamento da hepatite C

Nova droga praticamente dobra eficácia do tratamento da hepatite C
Já aprovado pelo FDA, tela previr age mais rápido no organismo e apresenta índice de cura de 75%, ante uma taxa de 44% do tratamento tradicional, de acordo com o 'New England Journal of Medicine'

Hepatite C: a doença se caracteriza por uma inflamação do fígado causada pelo vírus HCV (Thinkstock)
A droga telaprevir pode se tornar a alternativa mais segura e eficiente no tratamento da hepatite C. De acordo com uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, o tratamento combinado de tela previr com a medicação tradicional (interferon peguilado e ribavirina) curou 75% dos pacientes com a doença – frente ao índice de cura de 44% do tratamento usado hoje. Os resultados apresentados no estudo levaram à aprovação do remédio em 23 de maio deste ano pela agência sanitária dos Estados Unidos (FDA).

A hepatite C é uma inflamação do fígado causada pela infecção do vírus HCV, que é transmitido, geralmente, pelo contato com sangue contaminado. As complicações da doença podem levar a danos ou falência do fígado ou casos de cirrose. Quando o tratamento é ineficiente, o paciente pode se ver obrigado a passar por um transplante do órgão.

De acordo com Ira M. Jacobson, líder do estudo, a aprovação do tela previr é o maior avanço na área em mais de duas décadas, já que além de mais eficiente, o remédio consegue agir ainda de maneira mais rápida no organismo. A droga tem um conceito similar às usadas para tratar o HIV, uma vez que funciona inibindo a ação dos produtos gerados após a infecção do vírus. O tela previr é eficiente contra o tipo 1 da doença, responsável por cerca de 75% das infecções pelo HCV.

Segundo Jacobson, o tela previr conseguiu ainda resultados significativos nos grupos de pacientes que não respondiam bem à terapia convencional. Entre os voluntários de um dos grupos que participaram do estudo, por exemplo, o grupo tratado com a droga combinada ao tratamento usado hoje teve 62% de cura, enquanto o grupo que recebeu apenas a terapia tradicional apresentou 25% de cura.

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