Luta pela maternidade
PERGUNTAS SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
HÁ UMA IDADE LIMITE PARA FAZER UM TRATAMENTO DE FERTILIDADE?
Se a mulher quer engravidar usando os próprios óvulos, sim. “Não faço fertilização in vitro com óvulo próprio em mulheres com mais de 43 anos”, diz Adelino Amaral Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida. “A chance de sucesso é muito baixa.”
Até os 35, a fertilidade da mulher fica mais ou menos estável. “Aos 40, ela já perdeu 80% da fertilidade”, diz o ginecologista Paulo Bianchi, da clínica Huntington. Quer dizer que, naturalmente, a chance de ela engravidar é de 5 % por mês. Com fertilização in vitro, o número sobe para 15% se a mulher tem 40 e cai a menos de 5% se tem mais de 43.
Se ela aceitar usar óvulos doados, a chance aumenta muito: depende da idade da doadora, que geralmente tem até 35 anos.
Ainda não existe limite de idade para a mulher receber óvulos doados.
É POSSÍVEL SABER O SEXO DO BEBÊ OU SE ELE TEM ALGUMA DOENÇA?
O diagnóstico pré-implantacional é um teste nos cromossomos do embrião para identificar anomalias e doenças genéticas.
Um subproduto do teste é saber o sexo, mas não pode ser a finalidade.
O teste serve para ajudar pacientes que tem abortos repetidos, idade avançada ou doença genética familiar conhecida.
O exame mais moderno, chamado CGH, é feito quando o embrião chega ao quinto dia.
Nessa fase, podem ser retiradas cinco ou seis células, o que permite a análise de todos os pares de cromossomos.
O QUE ACONTECE COM OS EMBRIÕES QUE NÃO SÃO USADOS?
No Brasil, os embriões produzidos em laboratórios e não usados não podem ser descartados. Devem ser congelados e preservados na clínica por tempo indeterminado ou doados para pesquisa.
Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina, os “pais” do embrião devem deixar por escrito o destino que será dado ao material congelado em caso de separação do casal, doenças graves ou morte.
SUS OU PALNO DE SAÚDE COBREM ESSES PROCEDIMENTOS?
A fertilização in vitro não faz parte da tabela do SUS.
Há um pequeno número de hospitais estaduais que oferecem o tratamento gratuitamente.
No Estado de São Paulo, além do HC, a fertilização in vitro grátis é oferecida no Hospital Pérola Byington. Nos dois locais, a fila de espera é grande. Planos de saúde não cobrem o tratamento, mas já há pelo menos um caso de paciente que conseguiu ser pago pelo convênio médico por meio de decisão judicial.
FONTE: JORNAL EQUILÍBRIO / FOLHA DE SÃO PAULO
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