Saúde e bem-estar: a dieta do humor
Um estudo publicado no Journal of Psychopharmacology (2011) avaliou
o efeito do ômega 3 em pacientes que se recuperavam de depressão. O trabalho,
feito pela Universidade Leiden, na Holanda acompanhou 71 pessoas, que receberem
suplementação de ômega 3 ou placebo por quatro semanas. Os que tomaram ômega 3
relataram melhoras no processo de tomada de decisão e do estado de tensão. “O
ômega 3 mantém a função de estruturas cerebrais”. Diz Sandra Lopes de Souza,
pesquisadora em neuropsiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco.
"É através da
alimentação que temos o desenvolvimento e nutrição dos neurônios e das células
da glia – que são células de apoio e sustentação aos neurônios", explica o
Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista. "E, também, é com a
ingesta de bons alimentos que há uma interferência direta no funcionamento da
microbiota intestinal – e sabemos que é ela que influencia no bom funcionamento
do cérebro de modo geral."
A relação entre o que
você come e o seu humor é estreita, sendo assim, que tal visitar a feira para
dar uma levantada geral na dieta e no ânimo? Abaixo, preparamos uma lista de
superalimentos que você pode incluir na sua dieta, e que irão te ajudar no
tratamento da depressão e ansiedade.
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Peixes de águas frias, como salmão e
sardinha, têm ômega 3, que ajuda a manter a função do sistema nervoso central.
O ideal são três porções por semana.
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Queijo tem triptofano, que ajuda a formar
serotonina, principal neurotransmissor ligado ao humor.
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A porção ideal é uma fatia de queijo
(quanto mais branco, menor o teor de gordura) ou um copo de leite.
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O chocolate preto com altos níveis de
cacau é o que mais tem triptofano e teobromina, substância que estimula a
liberação de endorfina, relacionada à sensação de prazer.
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Uma porção de 15 a 30 g (uma barra
pequena) é suficiente.
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Além de triptofano, o ovo tem colina,
nutriente que faz parte das vitaminas do complexo B, importantes para o bom
funcionamento do sistema nervoso.
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Verduras escuras como brócolis e couve são
boas fontes de ácido fólico. Também está no feijão-branco, na laranja e na
soja.
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O abacate, apesar de ser rejeitado em
dietas em função do alto valor calórico (96 kcal em 100g), é fonte de gorduras
boas e de magnésio, mineral que ajuda na produção de serotonina no cérebro. Use
em cremes ou vitaminas.
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A banana tem o pacote completo: boas
quantidades de triptofano, minerais que ajudam na ação do nutriente e
carboidratos, que fornecem energia rapidamente.
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Castanha-do-pará, costanha-de-caju e
outras oleaginosas são ricas em ômega 3 e minerais. A castanha-do-pará tem
selênio, substância antioxidante. É calórica (643 kcal por 100 g). Duas por dia
já são suficientes.
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Iogurtes probióticos ajudam no
funcionamento do intestino e, consequentemente, melhoram a absorção de
vitaminas e minerais que têm ação no sistema nervoso central. Para ter efeito,
o consumo precisa ser diário.
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Aveia é boa fonte de carboidrato complexo
(não é queimado rápido). Carboidratos mantêm o índice glicêmico, o que ajuda na
produção de serotonina.
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O cacau ou chocolate-amargo, é rico em
flavonoides e antioxidantes, ajuda na melhora da cognição, reduz os sinais e
sintomas de depressão e aumenta a produção de serotonina.
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O mirtilo é considerado um dos alimentos
mais poderosos para a saúde cerebral, porque são ricos em antioxidantes que
melhoram a função cerebral, prevenindo o envelhecimento precoce.
FONTE: JORNAL EQUILÍBRIO
FOLHA DE SÃO PAULO
TERRA
OUTUBRO DE 2011
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