ALZHEIMER
'Lembra de mim?': dizer essas frases pode estressar quem tem Alzheimer
Receber o diagnóstico de um familiar com Alzheimer é difícil e uma das dúvidas mais comuns durante o tratamento é como lidar com os constantes esquecimentos do paciente.
Hilma Khoury, psicóloga e especialista em gerontologia pela SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), diz que saber lidar com as constantes situações de esquecimento do paciente sobre questões simples, como nome de filhos, data de aniversário e até onde mora, é crucial durante o tratamento.
"Se quem estiver interagindo com a pessoa que tem doença de Alzheimer corrigi-la, abismar-se ou repreendê-la, pode gerar constrangimento ou sentimentos de incapacidade, de menos valia ou de estar sendo humilhado"
O que deve ser evitado
Khoury explica que à medida que a doença de Alzheimer progride, a pessoa vai ficando com o vocabulário cada vez mais restrito. Por isso, deve-se evitar:
Corrigir o paciente quando ele designar objetos ou situações por outro nome. Por exemplo, chamar o ônibus de bonde. Isso significa que a pessoa com Alzheimer não conseguiu lembrar a palavra ônibus, mas se lembrou de bonde, que também é um meio de transporte coletivo.
Abismar-se quando a pessoa com Alzheimer não conseguir se lembrar de algo. Por exemplo, se pergunta ao filho o seu nome, evitar dizer: "Como a senhora não lembra o meu nome? Sou seu filho"Melhor simplesmente abraçar ou dizer carinhosamente o seu nome...
Repreender por ter comportamento inadequado. Por exemplo, quando o idoso pega a comida com as mãos. Nesse caso, o melhor é conduzir a situação de forma delicada, colocando uma colher próximo à mão da pessoa.
Infantilizar a pessoa. "Muitas vezes, pelo fato do idoso com Alzheimer se tornar dependente nas suas atividades de vida diária, os familiares adotam formas de infantilização deste idoso. O que pode ser prejudicial, no sentido de torná-los mais dependentes e de irritá-los com esta postura", falou Kátia Omura, professora da UFPA (Universidade Federal do Pará)... -
Apoio da família
Apesar de a doença ser cada vez mais frequente nas famílias brasileiras, especialistas ouvidos pelo VivaBem apontam que muitos casos ainda não são tratados de forma correta, pois os familiares tendem a confundirem os sintomas iniciais de esquecimento com o envelhecimento. Assim, procuram ajuda somente diante de um estágio mais avançado da doença.
Kátia Omura, professora da UFPA (Universidade Federal do Pará), destaca que o sintoma mais comum no início do Alzheimer é o déficit na memória, mas alerta que ele não é o único.
"Nos estágios iniciais, além do déficit na memória e dificuldades em aprender coisas novas, também podem aparecer alterações comportamentais.
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