Fumaça Zero
No Brasil a idéia nasceu em São Paulo. Pouco tempo depois os estados do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, além das cidades de Salvador e Belém, também aderiram. Hoje, são milhões de brasileiros que podem freqüentar restaurante, casa de espetáculos, danceterias e não sentir o desagradável cheiro da fumaça de cigarros. Porém, mais importante do que isso é o fato de que outros tantos milhões de fumantes passivos ficaram livres de contrair doenças decorrentes da inalação da fumaça do tabaco.
Promulgada em Agosto de 2009, a lei anti-fumo do estado de São Paulo, que proibido fumo em todos os ambientes fechados de
Uso coletivo recebeu elogios da OMS.
De acordo com a OMS, 94,6% da população mundial ainda não estão protegidas por leis contra os males causados pelo fumo passivo. Ainda segundo a entidade, o fumo passivo provoca 600 mil mortes por ano; já o número de fumantes que morrem vítimas de doenças causadas pelo cigarro chega a 5 milhões em todo o mundo.
Os malefícios causados pelo cigarro começam pela inalação de monóxido de carbono expelido pela fumaça. No organismo humano, o monóxido concorre com o oxigênio, provocando menor oxigenação do sangue, células e tecidos e, conseqüentemente, maior oxidação no organismo. Aos poucos, essa condição metabólica acelera o envelhecimento do endotélio, a camada de células que forma a parede de vasos e artérias do corpo humano. Num processo em cascata, surgem inflamações e obstruções dessas vias de passagem do sangue que, nessas condições, não conseguem alimentar de oxigênio e nutrientes as células, tecidos e órgãos do corpo humano.
Esse envelhecimento acelerado dos vasos é conhecido como aterosclerose e sua evolução leva à ocorrência de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, além de trombose em membros diversos.
Estudo realizado pelo instituto do coração (INCOR) do hospital das clínicas de São Paulo comprovou a eficácia da lei anti-fumo paulista. A pesquisa aferiu a incidência de monóxido de carbono em ambientes fechados de uso coletivo em dois momentos: antes de a lei entrar em vigor e após três meses de sua aplicação. Foram realizadas medições em 710 estabelecimentos da capital paulista, entre bares, restaurantes e casas noturnas. O objetivo era avaliar as concentrações do poluente no ar dos ambientes em garçons fumantes e em não fumantes. Os resultados apontaram que, entre os fumantes, houve redução de 35,7% na concentração do poluente na comparação das duas medições. Para os garçons que não fumam, o impacto foi ainda maior, com redução de 57,14%.
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