Contraceptivo

Para cada contexto,
Uma escolha
(hábitos e fase da vida)

Se você fuma

Cigarro e estrogênio jamais combinam, em nenhuma idade.
Mas a coisa complica mesmo depois dos 35 anos.
Essa é a hora de deixar de lado o etinilestradiol, que entra na fórmula da maioria dos métodos hormonais combinados.
Ele aumenta a agregação das plaquetas e provoca constrição dos vasos, potencializando o risco de infartos e derrames – que já é mais alto por causa do tabagismo.

Se você é adolescente

Não que seja norma, mas a maioria dos especialistas prefere esperar um tempo após a primeira menstruação para que o organismo – sobretudo o sistema reprodutor – amadureça. Esse período é interessante até para dar uma chance de o ciclo menstrual revelar se está mesmo em ordem. Se houver alguma disfunção, como síndrome dos ovários policísticos, ou se a garota pretende iniciar a vida sexual, o ideal é uma boa conversa com o especialista para definir o melhor método para ela. Alguns atrapalham mais e outros, menos.

Se você já teve câncer

A ciência questionou diversas vezes se o uso de contraceptivos orais teria relação com o surgimento de tumores de mama.
“essa associação ainda é controversa”, esclarece Eduardo Zlotnik, ginecologista do hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo. Comprovado mesmo é que os anticoncepcionais reduzem o risco de desenvolver o câncer no ovário e no endométrio. Agora, se a mulher tem ou já teve tumor de mama, a conduta ideal seria evitar todos os contraceptivos hormonais, que podem facilitar a volta da doença. Uma saída é se valer do DIU de cobre. Nos casos de câncer cervical, por outro lado, o DIU de cobre é carta fora do baralho, e os métodos hormonais passam a ser uma possibilidade.

Se você é hipertensa

Mais uma vez, a organização mundial da saúde recomenda fugir da combinação sintética estrogênio-progestagênio, especialmente nos casos mais graves de pressão alta.
“já as injeções mensais podem funcionar, porque possuem estrogênio natural, e não sintético”, revela Rogério Ramires.

Se você é diabética

Quando o problema é só diabete – controlada e sem complicações -, não há grandes restrições.
Acontece que, muitas vezes, a doença vem acompanhada de um pacote de males que resultam na chamada síndrome metabólica, como o colesterol alto, a gordura abdominal e a hipertensão. E, aí sim, é preciso avaliar se o uso de hormônios não aumentaria tanto a pressão como a resistência à insulina.

Se você sofre à beça de TPM

Nada menos que 80% das mulheres enfrentam ou já enfrentaram o inchaço, a irritação e as dores da tensão pré-menstrual. Nessa circunstância, as pílulas de uso contínuo, sem pausa para menstruar, apresentam bom resultado. “o implante também melhora os sintomas porque pode cessar a menstruação”, diz Mara Diegoli, coordenadora
Do centro de apoio à mulher com TPM do hospital das clínicas de São Paulo. Há ainda pílulas combinadas que levam o hormônio sintético progestagênio drospirenoma e prometem aliviar o incômodo.

Se você quer engravidar em curto prazo

Esse é um assunto sempre complicado, que mexe com as expectativas da mulher e gera ansiedade. Não custa repetir, portanto, que cada corpo tem seu tempo. Mas, se usarmos a lógica, o DIU de cobre ou progesterona e o implante não seriam boas escolhas, já que têm vida útil de três anos para cima.
A injeção trimestral de progesterona é outra opção que deveria ser descartada. O período de retorno à fertilidade após a suspensão do uso costuma ser mais demorado que o de
Outros métodos hormonais.

Fonte
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