Aspectos determinantes da saúde mental
Os transtornos mentais
surgem pela influência de múltiplos fatores sociais, genéticos, psicológicos e
ambientais. As pressões socioeconômicas influenciam continuamente os riscos
para a saúde mental individual e coletiva, sobretudo sobre as camadas mais
populares.
Uma saúde mental
debilitada também colabora para significativas alterações sociais e condições
de trabalho precárias. Também acentua a exclusão social e expõe o indivíduo ao
risco de violência em virtude da incapacidade mental de autodefesa.
Questões psicológicas e
de personalidade também tornam as pessoas mais susceptíveis aos desequilíbrios
mentais. Além disso, as causas biológicas também contribuem para a desordem
química das células cerebrais e aumentam a ocorrência da doença.
Nesse sentido, os
familiares precisam buscar ajuda e encaminhar a pessoa para o tratamento mais
adequado. De igual modo, as instituições também são responsáveis pela promoção
da saúde mental de seus funcionários.
Como os colaboradores são
os ativos mais importantes das empresas, manter uma visão estratégica sinaliza
um diferencial competitivo em termos de produtividade. Assim, a saúde mental
nas empresas deve ser considerada como um critério singular e fundamental à
saúde individual e corporativa.
Políticas
de saúde mental
A legislação atual está
pautada na concessão de valores para que os pacientes psiquiátricos recebam
tratamento em uma ala específica dos hospitais gerais. No entanto, a verba
destinada aos hospitais não garantem a assistência necessária ao doente.
Assim, é urgente a
necessidade de reformulação de políticas públicas que viabilizem condições e
critérios para a promoção da saúde mental. É preciso estabelecer ações com
viabilidade prática para transformar a atual conjuntura que envolve a realidade
dos tratamentos de problemas mentais no país.
A inexistência de um
sistema que respeite e garanta os direitos civis e socioeconômicos contribui
para o agravamento das doenças mentais e eleva o percentual de indivíduos sem a
devida assistência.
Com um sistema falho,
muitos pacientes que poderiam ser recuperados evoluem para quadros mais graves.
Representam, assim, um crescente ônus financeiro aos cofres públicos devido à
incapacidade mental e física, medicamentos de alto custo e aposentadoria
precoce.
Porém, o maior prejuízo
resulta da não garantia do cumprimento de seus direitos fundamentais: coloca em
xeque a dignidade humana, acentua o sofrimento deles e reduz cada vez mais as
chances de reintegração social.
Hábitos
prejudiciais ao equilíbrio mental
Como parte importante das
medidas de prevenção às doenças mentais, a atenção primária a alguns hábitos do
cotidiano precisam ser considerados. Muito provavelmente ocorrerá um aumento
expressivo do número de doentes dessa natureza — e isso em caráter global.
Fatores como o
envelhecimento da população, a acentuação dos problemas sociais e econômicos e
os desajustes familiares concorrem para o surgimento de desequilíbrios
emocionais. Em geral, eles evoluem para transtornos mentais e físicos cada vez
mais desafiadores.
Nesse contexto,
destacamos os hábitos mais prejudiciais à saúde mental. Confira!
Pensamentos
negativos
A maneira de enfrentar os
desafios da vida torna-se uma linha tênue entre a sanidade mental e a
dificuldade em alcançar o equilíbrio necessário ao viver saudável. Pessoas que
mantêm pensamentos ou atitudes negativas tendem a desenvolver distúrbios
físicos e mentais mais graves.
Dentre os problemas mais
preocupantes estão as crises de ansiedade e o maior risco para a depressão.
Essa doença é mais presente em pessoas queixosas e tristes. Ela surge mediante
constantes flutuações de humor e como respostas emocionais aos desafios do
cotidiano.
Para evitar esses
desequilíbrios, convém buscar ajuda profissional para recuperar a performance
mental e conter os pensamentos negativos. A depressão tem aumentado muito nas
últimas décadas e tem sido motivo de desordens tanto no âmbito pessoal quanto
no profissional.
Vício
em jogos, álcool e drogas
A Organização Mundial da
Saúde (OMS) afirma que a dependência em jogos virtuais é uma das doenças
mentais da modernidade. Como reflexo do avanço tecnológico e da facilidade de
acesso aos recursos digitais, o número de adeptos aos videojogos adquire uma
dimensão cada vez mais expressiva.
Além de fomentar a
necessidade de criar políticas específicas voltadas ao controle dessa questão,
a OMS adverte sobre os riscos à saúde das pessoas que passam horas jogando e se
isolam da família e dos amigos.
A compulsão por drogas e
álcool também figura como fator de influência para o surgimento de complicações
no âmbito psicológico e mental. Tais vícios afetam a capacidade de
concentração, de memória e sinalizam o mal desempenho das atividades cerebrais.
As perturbações
decorrentes da relação entre o álcool e a saúde mental desafiam a saúde pública
e exigem um controle mais eficiente desse problema. Tanto o álcool como o abuso
de tóxicos comprometem a qualidade de vida dos usuários de todas as idades,
gênero e classe socioeconômica.
A dificuldade em admitir
a necessidade de ajuda especializada contribui para acentuar a doença e pode
evoluir para quadros mais alarmantes. Os mais comuns são a incapacidade mental
e a tentativa de suicídio entre jovens, principalmente.
Dentre os problemas
resultantes desses vícios destacam-se a má qualidade do sono, a alimentação
inadequada e a redução no desempenho escolar ou laboral. Além desses, há outros
aspectos relevantes que complementam a lista do diagnóstico de quem enfrenta
esses transtornos.
Uso
excessivo de internet
A sociedade atual
construiu uma espécie de “obrigatoriedade” em estar sempre online e querer
saber, em tempo real, os principais acontecimentos do mundo. Porém, quando a
falta da internet gerar sofrimento, a situação pode evoluir para uma patologia
considerada um transtorno mental.
Embora atinja os adultos,
a dificuldade para controlar esses impulsos é mais difícil em crianças e
adolescentes, pois eles já nasceram na era da conectividade. Entretanto, esse
hábito de “viver online” compromete as funções cognitivas, que nessa idade
ainda não estão totalmente formadas.
Além de causar baixo
rendimento escolar em crianças e prejudicar o desempenho profissional em
adultos, o uso excessivo da web implica outros desajustes. Influencia o
comportamento, as decisões importantes, o planejamento das tarefas e a
organização do tempo.
Viver conectado não só
afeta a estabilidade mental, como também colabora para o surgimento precoce da
depressão em crianças e jovens. Tendo isso em vista, é preciso buscar alternativas
viáveis — como ajuda profissional — para conter os efeitos negativos desses
problemas e evitar a sua evolução.
Medidas
que influenciam positivamente a qualidade da saúde mental
Numa perspectiva de saúde
pública, buscar medidas que sinalizem condições de assegurar o bem-estar da
sociedade é um dos aspectos mais relevantes para minimizar os efeitos negativos
das perturbações mentais.
Sob a expectativa humana,
a adoção de uma postura determinada por um estilo de vida mais natural e
saudável influencia positivamente a manutenção da saúde mental.
Para alcançar esses
objetivos e promover meios para conter esse problema, alguns fatores precisam
ser considerados. Veja quais são:
·
adequar políticas que garantam a atenção
primária à saúde mental em toda as esferas sociais;
·
assegurar o acesso universal aos serviços
de promoção da saúde mental;
·
divulgar e estimular medidas de prevenção,
principalmente entre as camadas populares;
·
estabelecer meios de monitorar a qualidade
da saúde mental entre crianças, jovens, usuários de drogas e pessoas idosas;
·
incentivar um estilo de vida saudável a
fim de reduzir a ocorrência de desordens mentais e físicas;
·
desmistificar conceitos e estigmas
equivocados sobre a recuperação de pacientes com transtornos mentais;
·
apoiar e promover a estabilidade familiar,
a integração social e o desenvolvimento humano de acordo com os direitos
sociais constitucionalmente estabelecidos.
Dicas
para a boa manutenção das funções mentais
Compreender o que é saúde
mental e quais as medidas mais relevantes para prevenção e controle desse
problema é fundamental. Para tanto, confira algumas sugestões que podem ser
úteis para evitar os desajustes mentais.
1.
Procure relaxar alguns minutos por dia
2.
Dê atenção a quem precisa
3.
Controle a ansiedade
4.
Cuide do sono e da alimentação
5.
Treine a sua mente de forma positiva
6.
Busque tratamento, se necessário.
7.
Saia da mesmice.
Fonte: Acervo Dr. Salomon
Katz
Comentários
Postar um comentário