TAPIOCA OU PÃO INTEGRAL ?


Veja qual é o mais nutritivo para o seu lanche.
  • O pão integral ganha a disputa por conter maior quantidade de proteína e fibras
  •   A porção de 1 unidade do pão francês ou 2 fatias médias do de forma (50 g), tem em torno de 5 g de proteína e 2,75 g de fibras
  • Para a tapioca, 50 g da farinha (ou 3 colheres cheias de sopa) não chegam nem a 0,5 g de dessas subsA versão 100% integral De algum tempo para cá, diversas marcas de pães de forma, e até mesmo algumas padarias artesanais, conseguiram desenvolver o alimento preparado totalmente com a farinha integral. "No quesito nutricional, esses pães são ainda melhores, afinal de contas, aumenta-se o número de fibras e proteínas. Por outro lado, tem a questão do paladar. Certas pessoas podem não se adaptar ao alimento feito totalmente com a farinha integral. Nesse caso, a recomendação é seguir com a versão que ainda leva um pouco de farinha de trigo na composição", ensina Silvia Ramos, nutricionista, conselheira do CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região) 
  • O destaque fica para as fibras, que aumentam a saciedade e ajudam o pão integral a ter um baixo índice glicêmico . Já faz um tempinho que a tapioca virou a queridinha entre muitas influenciadoras Brasil afora, e assim, ganhou a mesa de milhares de pessoas conectadas nas redes sociais. Pensava-se que a iguaria bastante consumida na região Nordeste do país seria uma ótima substituta do pãozinho nosso de cada dia, principalmente para quem quer emagrecer. Porém, diante de tal afirmação, ascendeu-se a luz da dúvida: mas e com relação ao pão integral? Será que a tapioca é mais nutritiva? A resposta é negativa. O pão feito com maior quantidade de farinha integral vence essa batalha. Isso porque o alimento possui boas quantidades de proteína (50 g do pãozinho, o equivalente a uma unidades do francês ou 4 fatias médias do de forma, tem em torno de 5 g do macronutriente) e de fibras (cerca de 2,75 g na mesma porção). Já 50 g de tapioca, que é um pouco mais do que 3 colheres de sopa da farinha, não chegam nem a 0,5 g dessas substâncias....

Mais fibras e menor índice glicêmico. Mas por que esses dois itens fazem tanta diferença? Isso acontece pois ter mais fibras ajuda a reduzir o índice glicêmico da refeição e também aumenta a sensação de saciedade. Isso por que a velocidade de absorção dos carboidratos pelo organismo se torna mais lenta e menos prejudicial. De forma mais prática: o açúcar formado por conta da quebra dos alimentos é injetado para dentro das células mais devagar, fornecendo energia contínua, o que evita que o seu excesso seja estocado em forma de gordura. Sem esquecer que o consumo frequente de alimentos com alto índice glicêmico está associado ao desenvolvimento de doenças, como diabetes tipo 2, obesidade e aumento dos triglicérides. Vale lembrar que a presença de proteínas (também maiores no pão integral do que na tapioca) colabora com a redução do índice glicêmico.

E o glúten? Um dos grandes motivos para as pessoas começarem a preferir a tapioca é a presença do glúten no pãozinho francês (seja ele integral ou refinado). Esse composto de proteínas não é tão interessante para quem tem algum tipo de problema ligado a essa substância, como os intolerantes ou com doença celíaca, por exemplo. Nesse quesito, a tapioca poderia ser utilizada como substituta, já que ela não possui glúten. No entanto, não são todas as pessoas que possuem doença celíaca ou intolerância ao glúten. Se você se sente desconfortável em consumir alimentos relacionados ao glúten ou trigo, procure um gastroenterologista, nutrólogo ou nutricionista para uma avaliação mais específica. 

A versão 100% integral De algum tempo para cá, diversas marcas de pães de forma, e até mesmo algumas padarias artesanais, conseguiram desenvolver o alimento preparado totalmente com a farinha integral. "No quesito nutricional, esses pães são ainda melhores, afinal de contas, aumenta-se o número de fibras e proteínas. Por outro lado, tem a questão do paladar. Certas pessoas podem não se adaptar ao alimento feito totalmente com a farinha integral. Nesse caso, a recomendação é seguir com a versão que ainda leva um pouco de farinha de trigo na composição", ensina Silvia Ramos, nutricionista, conselheira do CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região) e coordenadora de nutrição da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Essa rejeição pode acontecer pois o pão 100% integral requer mais empenho na mastigação e tem um sabor diferente, que pode não agradar alguns....

De olho na embalagem O alerta para os pães de forma industrializados está nos ingredientes usados. Por isso, é de extrema importância, antes de comprar, olhar o rótulo. "Para ser considerado integral, a farinha de trigo integral deve ser o primeiro item descrito na lista de ingredientes. Procure opções sem adição de açúcares e aditivos como emulsificantes, corantes, acidulantes e edulcorantes, entre outros", alerta Luciana Barbieri, mestre em ciências pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), especialista em doenças crônicas pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP) e nutricionista da Clínica Le Reve, em São Paulo.

Referência: TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos), feita em parceria pela Rede Brasileira de Dados de Composição de Alimentos (Brasilfoods), USP (Universidade de São Paulo) e Food Research Center (FoRC/CEPID/FAPESP)

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