GULA , O QUE É , SINTOMAS E COMO TRATAR

 

O Dia da Gula é comemorado anualmente em 26 de janeiro e é um verdadeiro convite para a comilança. Mas comer demais faz malMayara Secafim, nutricionista do Hospital Nipo-Brasileiro, em São Paulo, esclarece os principais aspectos relacionados à gula e os impactos na saúde:
"O corpo não está preparado para lidar com o exagero, o que pode interferir na digestão, porque muitas vezes não mastigamos o suficiente, podendo ocasionar disfunções no organismo. Além disso, o excesso de alimentos pode sobrecarregar órgãos como estômago, pâncreas, rins e fígado."
"A longo prazo, exageros alimentares podem levar a doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipercolesterolemia (colesterol alto), hipertrigliceridemia (triglicerídeos altos) e esteatose hepática (gordura no fígado)".

Ainda segundo a nutricionista, o exagero na alimentação pode estar muito ligado ao sentimento do momento, seja uma comemoração com familiares e amigos, um momento de estresse, de ansiedade ou de raiva.
Em todas essas situações, normalmente comemos sem prestar atenção à quantidade de comida, o que pode levar aos abusos. "Comer é prazeroso e gera boas sensações no corpo, principalmente por termos tantas opções de alimentos no mercado e vários deles conterem aditivos, que dão ainda mais vontade de comer", comenta. 

Outro ponto é observar se os exageros ocorrem sempre. "Algumas pessoas comem para suprir algo e têm a alimentação como um vício, o que pode estar relacionado a questões psicológicas, como ansiedade e depressão, ou até alguns transtornos, como a compulsão alimentar (doença psiquiátrica que pode ser definida como um impulso que leva o indivíduo a comer em excesso, em grande quantidade, em um curto período de tempo, acompanhado da perda de controle sobre o quanto e o que se come, podendo ser de causa multifatorial", alerta a especialista em alimentação.
Nesses casos, é importante buscar ajuda médica para tratar a causa básica e adequar a alimentação, junto com um profissional.

Quando ocorrem episódios de excessos alimentares ocasionais, as dicas para minimizar os efeitos imediatos envolvem a hidratação, repondo eletrólitos (também conhecidos como minerais, são responsáveis pelas ações vitais do nosso corpo) e favorecendo a digestão. Além disso, a prática de atividade física pode contribuir para a recuperação do corpo. Recomenda-se ainda evitar o consumo de alimentos gordurosos, ultraprocessados e pesados para prevenir a sobrecarga dos órgãos.

A especialista esclarece ainda que é importante manter a harmonia na alimentação, já que "não tem problema comer alimentos gostosos às vezes e fugir do plano alimentar ou das metas. O importante é equilibrar e manter-se saudável no dia a dia."
Para manter tudo em equilíbrio, Mayara Secafim faz uma lista. Confira!

Para aliviar a sensação de ansiedade e gerar sensação de bem-estar, sem necessitar descontar na alimentação, o exercício físico pode ser uma boa alternativa, sempre orientado por um profissional.

Organização Mundial da Saúde recomenda 400 gramas de frutas, legumes e verduras por dia para uma boa qualidade de vida, por isso, exagere destes alimentos, faça saladas verdes, saladas de frutas, coma frutas secas, iogurtes e sorvetes caseiros feitos com água e leite vegetal.
Para aliviar a vontade de doce, podem ser consumidos chocolates amargos e alfarroba, uma fruta que está sendo bastante utilizada para substituir o cacau, representando uma alternativa mais saudável.
Preste atenção na mastigação, o recomendado é cerca de um minuto para cada garfada da refeição. Isso faz bastante diferença, uma vez que o processo de digestão é iniciado na boca.
Se alimente a cada 3 horas e evite consumir bebidas durante as refeições. Se tomar, que seja no máximo 100 mililitros.

FONTE : Receitas 

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