AFINAL, A COMIDA PICANTE FAZ BEM OU MAL À SAÚDE?



Um estudo de uma universidade norte-americana monitorizou mais de 16 mil homens ao longo de 19 anos para tentar perceber os efeitos do consumo de malaguetas na sua saúde. O estudo concluiu que a percentagem de homens que morreram era menor entre aqueles que tinham o hábito de consumir comida picante.

À mesma conclusão chegou um grupo de investigadores chineses que explica que comer malaguetas reduz o “risco de problemas cardiovasculares, ataques cardíacos e AVC”.

Para a nutricionista Zélia Santos, convidada pela TVI para explicar melhor o assunto, o picante, “apesar de ter benefícios para a saúde, tem de ser consumido de forma moderada”.

“A malagueta tem uma substância com poder anti-inflamatório e que promove um aumento do ritmo cardíaco”, explicou Zélia. “Por esse motivo pode estar associado à redução do risco de doenças cardíacas”.

Para além disso, a nutricionista acrescenta que se quiser consumir comidas com elevado teor de picante, deverá ter em conta se tem “alguma doença gastrointestinal ou hipertensão”.

Zélia Santos clarificou ainda sobre a ideia de que o picante faz com que se perca peso.

“Não é o picante que, sozinho, vai salvar tudo. Ele tem de estar associado a um estilo de vida saudável para aumentarmos a longevidade e a qualidade de vida”, explicou.

O efeito termogênico do picante, aquela sensação de calor extremo que provoca, pode levar as pessoas a pensarem que, se adicionarem picante à comida, vão perder peso. Apesar de esse efeito levar a um gasto de energia, por si só não é suficiente para perder peso.

O picante pode, no entanto, ser utilizado como forma de reduzir a adição de sal e de gordura.

Quanto às horas e quantidades certas para o fazer, a nutricionista esclarece que não existe uma hora específica para o seu consumo nem uma quantidade certa para o fazer.

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