ANSIEDADE E MEDO NAS ESCOLAS


Depois da onda de ataques às escolas no começo de 2023, houve uma piora de sintomas ansiosos prévios em crianças e adolescentes. E isso precisa ser observado de perto.


ATENÇÃO ÀS CRIANÇAS 

A psicóloga conta que as crianças e os adolescentes que atende estão usando o ambiente terapêutico para falar sobre o tema: "Isso se deu por meio da linguagem verbal, mas também da não verbal. Desenhos com mapas da escola e respectivos planos de fuga se tornaram frequentes", detalha. "Isso é muito preocupante, pois mostra justamente o espaço que isso foi ganhando na mente das nossas crianças e adolescentes. Sem falar dos sentimentos associados: ansiedade, medo, preocupação e desespero".

A psiquiatra Karina Barbi, don Vera Cruz Hospital, também sentiu o impacto dos ataques em seus atendimentos. "Percebi uma mudança no comportamento dos pacientes, tanto dos pais como das crianças e dos adolescentes. Muitos preferem evitar ir à escola ao menor sinal de risco, por medo", afirma Karina notou ainda que, em alguns pacientes, houve uma piora de sintomas ansiosos prévios. "Ouvi casos de pais acharem facas ou canivetes na mochila dos filhos, que os carregavam com intuito de se defender em caso de ataque", revela.


SENTIMENTO É REAL

O medo potencializado pela desinformação é real e pode adoecer. Tanto que ambas as profissionais confirmam que boatos e informações falsas ou com potencial de causar pânico podem, sim, ter  efeitos na saúde mental das pessoas. O medo se dissemina junto com esse conteúdo nocivo. Foi o que se constatou após os casos de violência que aconteceram nas escolas em 2023. 

"O medo é um sentimento primário, proveniente da nossa origem animal, e tem por função básica a sobrevivência", explica a psiquiatra. "Dele surgem os mecanismos de alerta a balgum risco à nossa integridade física, gerando, em consequência, reações como a luta ou a fuga". Karina completa dizendo que, em função da capacidade congnitiva humana, o medo é ampliado para situações de risco não apenas físico, mas também psicológico. 

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Fonte: Revista Viva Saúde


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