Gordura invisível no abdômen e fígado pode causar infarto mesmo em quem está no peso ideal, revela estudo

Gordura “invisível” no abdômen e fígado eleva risco de infarto e AVC, diz estudo

Gordura “invisível” no abdômen e fígado pode aumentar risco de infarto e AVC, alerta estudo

Publicado em 20 de outubro de 2025 • Por Dr. Salomon Katz

Um estudo da Universidade McMaster, no Canadá, mostra que o acúmulo de gordura visceral (ao redor dos órgãos) e de gordura hepática (no fígado) está associado a danos silenciosos nas artérias — elevação do risco de infarto e AVC mesmo em pessoas com peso considerado normal.

O que a pesquisa analisou

Os pesquisadores avaliaram exames de ressonância magnética e dados clínicos de mais de 33 mil adultos no Canadá e no Reino Unido. Eles encontraram ligação consistente entre a presença de gordura visceral/hepática e o espessamento e obstrução das artérias carótidas, marcadores conhecidos de risco cardiovascular.

Por que o IMC pode enganar

O estudo desafia o uso exclusivo do IMC (Índice de Massa Corporal) como parâmetro único de risco. Pessoas com IMC normal podem, ainda assim, abrigar gordura metabolicamente ativa que promove inflamação e danos arteriais.

“Mesmo quando controlamos os principais fatores de risco, a gordura visceral e hepática continua contribuindo para danos arteriais.” — Russell de Souza, coautor do estudo.

Significado clínico e para a saúde pública

Os autores defendem que a avaliação do risco cardiovascular considere a distribuição da gordura corporal — e não apenas o peso. Em adultos de meia-idade, exames de imagem podem ser indicados quando houver suspeita clínica, além de estratégias preventivas baseadas em alimentação, atividade física e controle de fatores metabólicos.

O que isso muda para você

Estar dentro do “peso ideal” não garante ausência de risco. Se houver histórico familiar de doença cardiovascular, alterações em exames de rotina ou sinais de síndrome metabólica, converse com seu médico sobre a necessidade de avaliação mais aprofundada.

Fontes e credibilidade

O artigo foi publicado na revista Communications Medicine e contou com apoio de instituições como a Parceria Canadense Contra o Câncer e a Fundação do Coração e Derrame do Canadá.

Dica do Dr. Salomon Katz: priorize hábitos que reduzem gordura visceral — alimentação balanceada, sono adequado e exercício regular — e busque avaliação médica individualizada quando necessário.

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